O Jovem Trabalhador é o maior programa de primeiro emprego do Norte do Brasil e tem por objetivo inserir no mercado de trabalho 3 mil adolescentes e jovens, em situação de vulnerabilidade social, com idade entre 16 e 21 anos, residentes nos 139 municípios tocantinenses. O Programa é uma iniciativa do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), e a Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi) é a empresa contratada para a execução.
O processo de contratação dos jovens teve início em 5 de junho, e em todo o Estado já são mais de 2 mil jovens, graças à parceria entre Governo do Tocantins e os órgãos públicos estaduais e municipais. O programa Jovem Trabalhador é financiado com recurso do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep-TO).
Nessa terça-feira, 7, o secretário da Setas, Jonis Calaça, acompanhou a primeira-dama do Estado do Tocantins, Karynne Sotero, em uma visita à sede do Programa Jovem Trabalhador, no prédio da Renapsi, em Palmas, para conhecer a estrutura, as pessoas à frente do Programa, e os jovens participantes. Na ocasião, o secretário Jonis Calaça destacou que o Programa impulsionou a emissão de Carteiras de Trabalho no Tocantins nos últimos meses. “Já estamos nos 139 municípios e tivemos um avanço nas retiradas de carteiras de trabalho nos últimos dois ou três meses, e constatamos que o acréscimo se deu por conta do Programa. Quero deixar o meu agradecimento à primeira-dama pela visita e ao nosso governador Wanderlei Barbosa que tem como prioridade em seu Governo criar oportunidades e gerar empregos para jovens e adultos”, ressaltou.
“Quero parabenizar o secretário Jonis Calaça e a equipe da Renapsi, e dizer que estou muito feliz em conhecer o Programa. Espero que cada jovem aqui aproveite a chance que está tendo, pois, o objetivo do Governo do Tocantins é criar oportunidades para os nossos jovens no mercado de trabalho”, destacou a primeira-dama Karynne Sotero.
Jovem Trabalhador no Estado
Em Palmas, Gabriel Victor Silva da Costa, de 17 anos, quer seguir carreira na área de psicologia e ressaltou que já estava em busca de emprego quando soube da possibilidade de ingressar no Programa. “Fiquei sabendo por meio de uma amiga, entrei no site, me cadastrei e já estou aqui desde junho”.
Em Rio do Bois, Karlyany Brito da Silva, de 16 anos, está trabalhando há três meses no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), e frisou que a experiência está sendo incrível. “Aqui eu faço atas e relatórios e também ajudo na organização. Quando chegue fui bem acolhida e estou sendo orientada diariamente. Sou acompanhada nas questões escolares, e isso me ajuda a ter mais disciplina na escola e no trabalho. Acredito que essa oportunidade ajuda o jovem a ter um ponto de vista melhor sobre o mundo do trabalho”.
“Algumas pessoas falaram sobre o Programa e resolvi me inscrever. Consegui a vaga e acho isso importante para que possamos ampliar nossos conhecimentos e para integrar os adolescentes que estão chegando ao mercado de trabalho. Espero desenvolver um ótimo trabalho”, salientou Fernanda Vitória Cunha Nunes, de 17 anos, estudante do terceiro ano no Colégio Estadual Nossa Senhora da Providência em Lajeado.
Em Pequizeiro, Adrielly Rocha Souza, de 20 anos, falou sobre a oportunidade. “Quando me inscrevi tinha poucas informações sobre o Programa, mas logo recebi um email dizendo que eu estava incluída. Resolvi aproveitar, pois é uma boa oportunidade, principalmente nas cidades pequenas”.
Sobre o Programa
O Jovem Trabalhador é um programa de aprendizagem e, portanto, envolve tanto atividades teóricas como práticas, e busca oportunizar qualificação profissional a adolescentes e jovens para o primeiro emprego formal remunerado, garantindo o direito à educação e ao trabalho, em conformidade com a Consolidação das Leis Trabalhistas, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei da Aprendizagem (Lei nº 10.097/2000).
Os jovens assinarão um contrato de trabalho formal, que pode ter duração de até 24 meses e, além do salário mínimo de hora trabalhada, receberão uniforme, crachá, vale-transporte (quando houver necessidade), 13° salário, seguro de vida, férias e atendimento psicossocial e psicopedagógico.
O público-alvo do programa engloba jovens em situação de risco social ou pessoal por situação de trabalho infantil, medida socioeducativa, acolhimento institucional e/ou deficiência, entre 16 e 21 anos. Considerando as particularidades do Estado, estão incluídos como prioridades na contratação jovens indígenas, quilombolas, ribeirinhos e da zona rural.
Seleção
As vagas continuam abertas e para se inscrever no programa é preciso acessar o sitejovemtrabalhadorto.org.bre preencher a inscrição.
Podem participar jovens com idades entre 16 e 21 anos, que já concluíram ou estão cursando o Ensino Médio em escola pública ou que são bolsistas integrais em instituições particulares, regra que também se aplica em caso de o jovem ser estudante universitário.
A renda familiar do candidato deve ser de até dois salários-mínimos nacional ou meio salário-mínimo per capita. Além disso, a família deve estar preferencialmente inscrita em programas sociais do Governo. O Programa disponibiliza cotas de 5% a 10% para Pessoas com Deficiência (PCD), sem exigência da idade máxima de 21 anos. Haverá ainda cotas para jovens do sistema socioeducativo e prioridade na contratação de jovens ribeirinhos, indígenas e quilombolas.