O pastor Kan Xiaoyong, de Dalian, China, foi condenado nesta sexta (12) a 14 anos de prisão. Essa condenação faz parte de uma tentativa do Partido Comunista Chinês para integrar igrejas protestantes na Igreja das Três Autonomias, controlada pelo estado.
A esposa de Kan, Wang Fengying, e o colega de trabalho, Chu Xinyu, receberam penas de quatro e dez anos, respectivamente, enquanto outros três réus enfrentaram três anos de reclusão.
A sentença dada pelo Tribunal Popular do Distrito de Ganjingzi incluiu acusações inesperadas de "uso de um xie jiao para minar a implementação da lei", um termo geralmente reservado para grupos rotulados como "cultos" pelas autoridades chinesas. Esta acusação foi acrescentada à de “práticas comerciais ilegais”.
A defesa, composta por seis advogados, obteve a absolvição dos réus da acusação de fraude, evitando penalidades mais severas. Kan, ex-empresário de Wuhan e descendente de uma família ligada ao Partido Comunista Chinês, tornou-se conhecido nacionalmente por seu trabalho nas igrejas domésticas após abandonar sua carreira secular para fundar a Discipleship Home Network com sua esposa em 2018.
O caso ganhou notoriedade após a invasão da residência do casal em Dalian, em 20 de outubro de 2021, seguida pela prisão de Kan, sua esposa e colegas de trabalho. Durante a detenção, ambos foram submetidos a torturas, conforme evidências apresentadas no julgamento, mas rejeitadas pelo juiz.
Os advogados planejam apelar do veredicto, que foi resultado de uma série de audiências entre maio e outubro de 2023 no Tribunal Distrital de Ganjingzi.
Com informações do Gospel Prime.