Militares israelenses e agentes de inteligência tiveram uma surpresa sobre a extensa e sofisticada rede de túneis construída pelo Hamas em Gaza. A revelação foi documentada por meio de vídeos e fotografias, evidenciando o tamanho e a complexidade dos túneis, que se estendem por centenas de quilômetros sob o enclave palestino. Essas descobertas ressaltam a importância estratégica dos túneis para o Hamas, que os utilizava tanto para deslocamento quanto para fins militares.

Os túneis, que foram uma surpresa em termos de alcance, profundidade e qualidade, incluem passagens suficientemente largas para a circulação de veículos e estendem-se por distâncias equivalentes a quase três campos de futebol. Alguns destes túneis estavam localizados sob estruturas civis, incluindo hospitais e residências de comandantes sêniores do Hamas. A descoberta desse sistema subterrâneo complexo alterou a percepção israelense sobre a infraestrutura militar do Hamas e suas capacidades de guerra assimétrica.

Atualmente, estima-se que a rede de túneis sob Gaza varie entre 560 e 720 quilômetros, uma extensão notável para um território com apenas 40 km em seu ponto mais longo. A existência de aproximadamente 5.700 entradas para esses túneis também foi documentada. Essas informações, no entanto, não foram verificadas de forma independente e existem variações nas estimativas fornecidas por diferentes autoridades israelenses. Apesar dessas variações, a militarização do Hamas e a extensão dos túneis não são contestadas.

Essa rede de túneis tem sido um componente central na estratégia de sobrevivência do Hamas, um grupo reconhecido como terrorista por várias nações. Os túneis são utilizados para diversas finalidades militares, incluindo o armazenamento de armas e a movimentação de tropas. A complexidade desses túneis, variando em termos de profundidade e conforto, reflete o investimento pesado do Hamas nessa infraestrutura subterrânea, uma alternativa às suas limitações em confrontos convencionais com os militares israelenses. 

Com informações do New York Times.