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O que o silêncio de Bolsonaro quer dizer ao povo brasileiro?

Para a esquerda verdadeiramente antidemocrática e apoiadora de terrorista, essa escolha pode parecer uma admissão de culpa ou uma recusa em enfrentar as alegações contra ele

Pablo Carvalho
Por: Pablo Carvalho
23/02/2024 às 09h13 Atualizada em 23/02/2024 às 09h34
O que o silêncio de Bolsonaro quer dizer ao povo brasileiro?

Em um Brasil cada vez mais polarizado, a recente ida do ex-presidente Jair Bolsonaro na sede da Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento, jamais ia passar despercebida. Optando pelo silêncio durante os cerca de 20 minutos em que esteve no local, Bolsonaro gerou uma série de interpretações sobre sua postura diante das acusações ilógicas que lhe são imputadas.

Para a esquerda verdadeiramente antidemocrática e apoiadora de terrorista, essa escolha pode parecer uma admissão de culpa ou uma recusa em enfrentar as alegações contra ele. No entanto, segundo Fábio Wajngarten, advogado do ex-presidente, essa atitude é parte de uma estratégia, motivada pela falta de acesso a informações cruciais na investigação. 

A defesa alega não ter tido acesso completo aos elementos de acusação, incluindo a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e aos conteúdos extraídos de celulares e computadores apreendidos. Isso, segundo Wajngarten, impede que a defesa tenha o mínimo conhecimento necessário para se pronunciar de forma adequada.

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O cerne da questão é a natureza da investigação, descrita pela defesa como "esdrúxula", "sem nexo" e "semi-secreta". Tais adjetivos apontam para uma percepção de parcialidade e falta de transparência nos procedimentos investigativos, o que levanta preocupações legítimas sobre o estado de direito e a justiça imparcial — pilares de qualquer democracia saudável.

Além disso, Wajngarten enfatiza que Bolsonaro nunca apoiou movimentos golpistas, contrapondo-se às narrativas que tentam associá-lo a tentativas de subversão da ordem democrática. A decisão de Bolsonaro de manter-se em silêncio, então, é retratada não como um ato de omissão, mas como uma posição de princípio, diante da impossibilidade de realizar uma defesa informada.

Olhando para o futuro, a "cartada final" mencionada pelo advogado, prevista para o próximo domingo (25), adiciona mais um capítulo à batalha político-jurídica de Bolsonaro contra o establishment. 

O Brasil precisa resgatar a Justiça, trazendo-a de volta ao seu sentido semântico original. É fundamental que todos os procedimentos sejam conduzidos de forma justa e transparente, garantindo os direitos de defesa e o devido processo legal.

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