A Polícia Federal (PF) enviou um relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) confirmando que os Estados Unidos não forneceram informações sobre o suposto uso de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Esse comunicado foi uma resposta a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar possíveis fraudes no cartão de vacina de Bolsonaro e outras 16 pessoas.
Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e outras 15 pessoas foram indiciados pela PF por um suposto esquema de falsificação de cartões de vacina. No entanto, a PGR solicitou investigações adicionais para verificar o uso de dados falsos nos EUA, resultando no pedido de informações às autoridades americanas.
De acordo com o relatório da PF, o Departamento de Justiça dos EUA informou que o U.S. Customs and Border Protection (CBP) não possui registros de que os investigados apresentaram comprovantes de vacinação contra a Covid-19 ao entrarem no país. Além disso, os registros de entrada e saída dos EUA não indicam se os investigados alegaram estar vacinados ou isentos dos requisitos de vacinação.
Esse novo desenvolvimento se soma a outra investigação que foi arquivada recentemente, a de uma suposta importação ilegal de uma baleia por Bolsonaro. Ambas as investigações, consideradas infundadas, reforçam a visão de que há uma perseguição política contra o ex-presidente usando a Polícia Federal.
A ausência de provas concretas sobre o uso de dados falsos de vacinação nos EUA coloca em dúvida as acusações feitas contra Bolsonaro e seus aliados. O relatório da PF fortalece o fato de que as investigações não têm fundamento sólido, apontando para uma possível tentativa de manchar a imagem do ex-presidente.
Com essas conclusões, a investigação sobre os cartões de vacina está cada vez mais próxima de ser encerrada, evidenciando a fragilidade das acusações e destacando a necessidade de uma revisão cuidadosa dos processos investigativos em curso.