A recente reforma no terceiro andar do Palácio do Planalto, destinada a ampliar a sala da primeira-dama Janja da Silva, gerou desconforto nos bastidores. A mudança impactou profissionais de três áreas que assistem ao presidente Lula, causando rearranjos indesejados. Celso Amorim, conselheiro internacional, foi deslocado, mas não perdeu espaço físico.

Além de Amorim, Fernando Igreja, chefe do cerimonial da Presidência, e Clara Ant, assessora especial de Apoio ao Processo Decisório, foram relocados. Fontes próximas ao presidente evitam críticas diretas à primeira-dama, mas o comportamento expansivo de Janja e a ampliação de sua sala causaram comentários negativos.

Janja também chamou atenção no G20, realizado no Rio de Janeiro. Seu comportamento foi visto por alguns como se ela estivesse assumindo o papel de presidente. Nas redes sociais, Janja reforçou o anúncio de Lula sobre a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, evidenciando sua busca por maior protagonismo.

Ela representará Lula na abertura dos Jogos Olímpicos em Paris, obtendo uma credencial excepcional do Comitê Olímpico Brasileiro (COI). Lula justificou sua ausência alegando compromissos no Brasil, deixando claro que Janja estará na França para torcer pelos atletas.

Enquanto isso, o vice-presidente Geraldo Alckmin também não irá a Paris, pois participará da convenção do PSB que oficializará a candidatura de Tabata Amaral para a Prefeitura de São Paulo. Fontes do Itamaraty minimizaram possíveis desgastes com a credencial excepcional de Janja, afirmando que se trata de um evento privado e não diplomático.