Enquanto a comunidade internacional e a oposição venezuelana levantam suspeitas de fraude, José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil e ex-presidente do PT, afirmou que a reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela foi “segura” e “inviolável”. Dirceu comparou as denúncias de fraude na Venezuela às acusações feitas por Jair Bolsonaro, Donald Trump e Aécio Neves em suas derrotas eleitorais.
Para Dirceu, a desconfiança sobre a integridade das urnas é uma manobra da oposição. Ele acredita que os votos impressos garantiram a confiabilidade do pleito, mesmo com a ausência de divulgação das atas de votação. Dirceu ainda suspeita que os opositores têm ligações com o imperialismo dos Estados Unidos e ambições golpistas.
Dirceu insiste que é necessário aguardar a conferência das atas e não ceder às pressões da oposição ou às manifestações violentas. Para ele, dar razão aos opositores de Maduro é um erro.
Com um histórico polêmico, Dirceu foi condenado em 2012 a 7 anos e 11 meses de prisão pelo esquema do mensalão e, em 2016, a 23 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato. O TRF-4 reduziu a pena para 8 anos e 10 meses, mas o STF anulou sua pena em maio deste ano devido à prescrição.
Apesar de tudo, Dirceu planeja um retorno à política e considera se candidatar a deputado federal por São Paulo em 2026. A decisão final será tomada no segundo semestre do próximo ano. Até lá, ele apoiará candidatos do PT nas eleições municipais e participará da renovação do partido.