Venezuelanos têm se reunido em orações fervorosas pela reconciliação e bem-estar do país, enquanto Nicolás Maduro luta para manter seu poder. As reuniões de oração, tanto dentro quanto fora do país, refletem a busca por paz e proteção para os habitantes.
A crise econômica severa na Venezuela elevou os níveis de pobreza e forçou cerca de 8 milhões de pessoas a deixarem o país, segundo a agência de refugiados. A falta crítica de medicamentos e serviços essenciais tem agravado a situação, fazendo com que a população recorra à fé como um meio de resistência.
Após a vitória declarada de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais, com 51,2% dos votos contra 44,2% do opositor Edmundo González, milhares protestaram contra a suposta fraude. Maria Corina Machado, líder da oposição, afirma que González obteve 70% dos votos, apoiada por pesquisas de boca de urna.
Os líderes religiosos venezuelanos, como Ramón Ferrer e Jualba Hidalgo, acreditam na intervenção divina e destacam a importância das orações por saúde, educação e trabalho. Ferrer, presidente da Confraria dos Ministros do Evangelho do estado de Lara, afirma que Deus está no controle. Hidalgo, líder da Igreja Evangélica, reforça a necessidade de fé para a sobrevivência do povo.
O Conselho Nacional Eleitoral, criticado pela oposição por atuar como um braço do governo, enfrentou protestos após as eleições. Gonzalo Himiob, vice-presidente da organização de direitos humanos Foro Penal, relatou que 46 pessoas foram detidas arbitrariamente em conexão com as eleições, sendo que 23 ainda permanecem detidas. No exterior, a diáspora venezuelana enfrenta dificuldades para se registrar e votar, enquanto pastores denunciam o uso de líderes religiosos pelo governo para fortalecer seu poder.