A falta de ondas em Teahupoo, no Taiti, durante a semifinal das Olimpíadas de Paris, dificultou a vida dos surfistas e reacendeu a discussão sobre o uso de piscinas de ondas artificiais para garantir igualdade de condições nas competições de surfe, especialmente nas Olimpíadas de Los Angeles 2028. Gabriel Medina, apesar das dificuldades, conquistou a medalha de bronze, destacando a necessidade de alternativas para competições mais justas.
Inaugurado em 2015 por Kelly Slater, o Surf Ranch oferece uma solução inovadora. Localizada na área rural da Califórnia, a piscina proporciona ondas perfeitas de até 1 minuto, com tubos e paredes para manobras, quebrando tanto para a direita quanto para a esquerda. Com um sistema controlado por um "trem" que alcança 30km/h, a piscina elimina a dependência das condições climáticas e garante que todos os atletas enfrentem as mesmas ondas.
Essa tecnologia assegura competições sem dias de espera e elimina a disputa por prioridade nas ondas. Cada surfista compete individualmente, com um número limitado de ondas, promovendo uma competição mais justa e organizada, essencial para o apertado calendário olímpico.
Medina, mesmo com as dificuldades no Taiti, afirmou estar "amarradão" com sua primeira medalha olímpica e destacou a importância de lidar com as adversidades do mar. No entanto, a piscina de ondas de Slater surge como uma solução prática para assegurar que todos os competidores tenham as mesmas oportunidades, evitando os problemas enfrentados em condições naturais instáveis.
O desempenho dos brasileiros no Surf Ranch tem sido notável, com Medina e Filipe Toledo vencendo edições anteriores, e Italo Ferreira chegando à final em 2023. Embora o Surf Ranch ainda não esteja confirmado para Los Angeles 2028, a tecnologia inovadora e a capacidade de garantir igualdade de condições fazem dela uma forte candidata para sediar as competições de surfe nas próximas Olimpíadas.