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Política Gastos governamental

ONGs levam milhões enquanto incêndios destroem o país

Organizações receberam mais do que órgãos federais de fiscalização ambiental, como Ibama e Funai

26/09/2024 15h35 Atualizada há 2 semanas
Por: Pablo Carvalho
ONGs levam milhões enquanto incêndios destroem o país

Apesar dos incêndios devastadores que atingem o Brasil, as ONGs continuam recebendo grandes somas de dinheiro. De acordo com o Portal da Transparência, essas entidades obtiveram 17% dos recursos do Ministério do Meio Ambiente em 2023, somando R$315,5 milhões. Esse valor é mais do que o dobro do que foi destinado a órgãos governamentais, como Ibama, Funai e Embrapa, que juntos receberam apenas R$157,5 milhões. O valor repassado pelo governo às ONGs supera o repassado a Organismos internacionais, como a ONU e a OIT, que receberam R$219,4 milhões.

Silêncio

Enquanto isso, o silêncio das ONGs diante da gravidade dos incêndios tem gerado críticas, principalmente pelo fato de muitas dessas entidades estarem sob investigação na CPI das ONGs. O governo, por sua vez, enfrenta dificuldades para conter o avanço das queimadas que atingem várias regiões do país. 

Outras instituições

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (Fest) recebeu R$16,5 milhões, valor superior ao destinado a prefeituras como a de Imperatriz (MA), que ficou com R$14,1 milhões.

Posicionamento da FEST

A FEST procurou nossa redação para esclarecer que não se classifica como uma ONG, mas sim uma fundação de apoio à pesquisa científica, com mais de 25 anos de atuação, regulamentada pela Lei nº 8.958/94. Segundo a nota, a fundação atua como a única instituição de apoio à Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a outras Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), sendo responsável pela gestão e execução de mais de 1.277 projetos nas áreas de ensino, pesquisa, desenvolvimento institucional, inovação tecnológica e extensão.

A Fest explicou que os recursos mencionados na reportagem são, na realidade, direcionados a projetos de pesquisa registrados na UFES, e todos os gastos são públicos, cumprindo rigorosamente os princípios legais de transparência e publicidade. Como exemplo de seu trabalho, a FEST destacou sua atuação no Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática (PMBA), um dos maiores programas de pesquisa do Brasil, que monitora os impactos do rompimento da barragem de Mariana/MG com o apoio do Ministério do Meio Ambiente.

 

Com informações do Diario do Poder.

Conteúdo atualizado em 27/set/2024.

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