Um novo debate está sendo articulado entre integrantes do Congresso e ministros do STF sobre a volta das doações empresariais para campanhas eleitorais. O modelo foi proibido em 2015, após a Lava Jato, mas agora lideranças políticas e judiciais veem uma oportunidade de revisar essa decisão.
A justificativa principal para a retomada do financiamento privado seria a insatisfação com o fundo eleitoral público, que movimenta R$ 4,96 bilhões em 2024. Além disso, autoridades como o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, defendem que o financiamento misto pode reduzir o uso de caixa dois e as distorções atuais.
Ainda que ministros do STF reconheçam o risco de influência econômica nas eleições, eles afirmam que o modelo atual, baseado em dinheiro público, não tem sido eficiente. A proposta em discussão pode incluir limites e maior transparência para evitar abusos nas doações privadas.
A ideia de um novo modelo misto, com redução de até 80% do fundo público, deve ser formalizada em breve e levada ao Congresso.