Guilherme Boulos (PSOL) tem mudado o tom de suas falas apra adotar um estilo mais parecido com o de Pablo Marçal (PRTB). O novo posicionamento ficou mais evidente durante uma sabatina promovida por RedeTV!, UOL e Folha de S. Paulo.
Em sua tentativa de atrair eleitores do empresário, Boulos passou a usar termos e expressões que fizeram parte da campanha de Marçal, como a ideia de combater um "consórcio" de poder e prometer "prosperidade" para os eleitores. "Estamos dialogando com quem busca construir seu próprio caminho para prosperar", disse ele.
Além de tentar conquistar novos eleitores, Boulos voltou a criticar seu adversário, Ricardo Nunes (MDB), acusando-o de ser um "fantoche" do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nunes não compareceu ao debate, alegando compromissos urgentes com o governador sobre a previsão de uma tempestade na cidade, o que gerou críticas ainda mais duras de Boulos. "O povo de São Paulo não aceita covarde", declarou.
A ausência de Nunes trouxe à tona o debate sobre o apagão recente em São Paulo, com Boulos responsabilizando a Prefeitura por problemas no recolhimento de árvores podres, segundo ele, algo assumido integralmente pela gestão municipal em um documento de junho. Boulos também rechaçou críticas sobre o papel do governo federal na crise energética, afirmando que "não vamos jogar a culpa no Lula" e que essa seria uma tentativa desesperada do adversário.