Policiais federais deflagraram nesta sexta-feira (25) uma operação contra suposto desvio de verbas parlamentares, visando principalmente o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e assessores. O grupo é investigado por suposta falsificação de documentos e uso de organizações fictícias para desviar recursos públicos, que seriam destinados a empresas ligadas ao parlamentar.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a operação após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Durante as buscas, agentes apreenderam o celular e outros dispositivos de Gayer, além de R$ 70 mil em dinheiro vivo na casa de um dos assessores. As buscas ocorrem no DF e em cidades de Goiás, como Goiânia e Valparaíso.
Gayer, que usou redes sociais para relatar a ação policial, afirmou ter sido surpreendido e disse que a operação teria como mandante o ministro Alexandre de Moraes. Ele também criticou a falta de informações sobre as suspeitas, alegando que desconhecia os motivos exatos para a busca e apreensão em sua residência.
A operação, denominada "Discalculia", também revelou irregularidades em documentos de criação de uma entidade fictícia usada no esquema. Entre os membros da entidade, estavam crianças de 1 a 9 anos, reforçando suspeitas sobre a manipulação de registros para ocultar o destino final dos recursos desviados.