Nesta sexta-feira (1º), o marco de R$ 3 trilhões em impostos pagos pelos brasileiros foi alcançado em 2024, segundo o registro do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A marca foi atingida às 8h50, 54 dias antes do registrado no ano passado, evidenciando um aumento de 20% em relação a 2023.
A ACSP, por meio de seu presidente Roberto Mateus Ordine, expressou satisfação com a receita recorde, mas ressaltou que o crescimento na arrecadação deveria refletir em mais benefícios à população, uma expectativa que ainda não se concretiza. “A arrecadação não se traduz na melhora esperada para o povo”, enfatizou Ordine.
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da associação, explicou que o sistema tributário nacional depende majoritariamente do consumo e que o aumento dos preços e da atividade econômica amplia a receita fiscal. Ele prevê uma tendência de crescimento contínuo na arrecadação, caso os fatores econômicos se mantenham estáveis.
João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, apontou que as políticas fiscais recentes, como a retomada das alíquotas de PIS e Cofins sobre combustíveis, têm ampliado o peso tributário. Ele enfatizou a necessidade de melhorar a gestão dos recursos públicos para assegurar que a arrecadação realmente beneficie a população.