A possibilidade de o STF, via ministro Alexandre de Moraes, barrar a viagem de Jair Bolsonaro aos EUA para a posse de Donald Trump em janeiro já levanta questionamentos sobre o impacto diplomático. Tal impedimento poderia ser interpretado como uma afronta pelo futuro presidente americano, alinhado politicamente a Bolsonaro.
Em fevereiro, após ter o passaporte retido pela Polícia Federal, Bolsonaro buscou refúgio na Embaixada da Hungria em Brasília, o que foi visto pelo STF como indício de possível fuga. Esse histórico tem sido usado como argumento para avaliar uma nova restrição de viagem ao ex-presidente, que deseja prestigiar a posse de Trump.
Bolsonaro necessita de autorização judicial para sair do país, visto que o STF mantém seu passaporte retido, uma medida reforçada após investigações sobre tentativas de golpe de Estado e venda irregular de joias. A presença dele em solo americano, entretanto, é desejada por seus aliados internacionais.
Caso Moraes opte por barrar a saída de Bolsonaro, o gesto pode gerar tensão diplomática, uma vez que o novo governo americano enxerga o ex-presidente como aliado.