A ditadura de Cuba anunciou na última terça-feira (26) novas regulamentações para o uso de energia elétrica no país. A medida, assinada pelo primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz, exige que empresas com alto consumo de energia, como aquelas que gastam mais de 30 megawatts-hora por mês ou 50 mil litros de combustíveis por ano, invistam na geração de pelo menos 50% de sua energia nos horários de pico. O prazo para adaptação dessas companhias é de até três anos.
Uma das regulamentações mais polêmicas trata do uso de equipamentos de ar condicionado. Em Cuba, os aparelhos não poderão ser ajustados para temperaturas abaixo de 24ºC, exceto em frigoríficos, como parte das medidas para reduzir o consumo de eletricidade durante a crise energética enfrentada pelo país.
A nova norma já gera críticas entre empresários, que temem os custos e as dificuldades para implementar essas tecnologias, além de questionarem a eficácia das mudanças na melhoria do fornecimento de energia. Para muitos, as novas regras refletem a grave situação energética de Cuba, que enfrenta dificuldades estruturais no setor, agravadas por anos de sanções e falta de investimentos. Com o prazo de três anos para adaptação, as empresas terão que se ajustar à nova realidade ou enfrentar multas.