O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta sexta-feira (29) que o pacote de medidas de ajuste fiscal. Durante almoço com dirigentes da Febraban, ele afirmou que, caso necessário, a equipe econômica apresentará mais medidas de contenção de gastos nos próximos meses. "Esse conjunto de medidas não é o gran finale, não é bala de prata", destacou Haddad, indicando que o governo continuará pressionando para cumprir suas metas fiscais.
O ministro explicou que o ajuste busca corrigir anos de déficit primário e que o objetivo de déficit zero, previsto para este ano, não será atingido por conta da falta de aprovação da proposta de acabar com a desoneração da folha de pagamento e os incentivos ao setor de serviços. "Estamos até hoje pagando por problemas que foram herdados", afirmou, ressaltando que a promessa de equilíbrio fiscal, feita há dois anos, está sendo cumprida com as medidas anunciadas, atendendo também aos pedidos do mercado financeiro.
Haddad ainda fez questão de afirmar que a responsabilidade pelo ajuste fiscal não é exclusiva do Executivo. "Temos que convencer o Congresso Nacional que bondades precisam ser compensadas", disse. O ministro também elogiou o Legislativo, que, segundo ele, "fez um belo trabalho" ao diminuir os gastos tributários no país. A fala gerou reações entre os analistas, que agora esperam novas propostas de austeridade do governo, após o anúncio de mais cortes e ajustes fiscais.
A promessa de mais ajustes e a insistência em cortar gastos indicam que, em breve, mais “maldades” poderão ser anunciadas, afetando principalmente os mais vulneráveis.