A exibição de um filme com conteúdo sexual explícito na Escola Estadual Barão do Rio Branco, em Macapá/AP, gerou indignação nesta quinta-feira (28). Durante uma mostra de cinema realizada no local, estudantes, muitos menores de 14 anos, presenciaram uma cena de sexo explícito, causando revolta em pais e responsáveis. O episódio foi amplamente divulgado nas redes sociais, levando o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) a protocolar uma moção de repúdio na Câmara dos Deputados.
Segundo informações da organização do evento, promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos e pelo Governo Federal, o filme seguia a classificação indicativa permitida para maiores de 14 anos. Contudo, pais alegam que a escola deveria ter garantido o controle do público. O produtor local lamentou o incidente, reconhecendo uma falha na classificação etária. Vídeos divulgados mostram os alunos gritando durante a exibição, que teria durado mais de um minuto antes de ser interrompida.
O caso reacendeu debates sobre a segurança no ambiente escolar e a responsabilidade na seleção de conteúdos educativos. “A escola deve ser um lugar seguro para os nossos filhos, não palco de absurdos como esse”, declarou um pai. O deputado Gayer classificou o episódio como “uma grave violação dos princípios éticos e pedagógicos da educação básica”. Ele ainda reforçou a necessidade de responsabilização dos gestores e educadores envolvidos.
O episódio deve ter desdobramentos nos próximos dias, com pedidos de apuração por parte do Ministério da Educação e do Ministério Público. A moção de repúdio apresentada na Câmara também sugere maior participação da comunidade escolar na fiscalização dos conteúdos exibidos, visando evitar que incidentes semelhantes ocorram no futuro.