A revista Oeste revelou uma contradição nas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o reajuste do salário mínimo. Em entrevista dada em junho deste ano, Lula afirmou que a fórmula de cálculo não seria alterada e garantiu: “Garanto que o salário mínimo não será mexido enquanto eu for presidente da República”. No entanto, o projeto de lei apresentado pelo governo federal no pacote de corte de gastos propõe mudanças no cálculo, limitando o aumento a 2,5% ao ano.
O texto do projeto de lei, já protocolado na Câmara dos Deputados, estabelece que o reajuste do salário mínimo será vinculado ao crescimento do PIB e ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com um limite de 2,5% ao ano. Essa proposta vai contra o que o presidente havia declarado, uma vez que o aumento será agora restrito e passará a ser mais moderado, com a possibilidade de ajustes menores, de 0,6% no mínimo.
As reações a essa mudança são intensas, com a oposição acusando o governo de desmentir suas promessas feitas à população. A oposição questiona a implementação de um novo modelo de reajuste, considerando que a medida pode prejudicar a população de baixa renda, afetando diretamente o poder de compra dos brasileiros mais vulneráveis. Por outro lado, o governo defende a proposta como uma forma de controlar os gastos públicos e preservar a estabilidade fiscal.