Willian Nascimento da Cruz, de 39 anos, e seu filho Vitor Gabriel, de 9, foram assassinados a tiros em frente à sua casa, no bairro Rio Pequeno, na Zona Oeste. A vítima estava em liberdade provisória, beneficiado pela saída temporária, uma prática comum no final de ano para permitir que os detentos passem o Natal com suas famílias.
O crime foi cometido por dois homens que estavam em uma moto. Segundo testemunhas, os atiradores passaram pelo local para observar o alvo e retornaram para executar os disparos. "Saída temporária virou sentença de morte para pai e filho", afirmou um morador da região, que ficou chocado com a violência do crime. Os tiros atingiram fatalmente tanto Willian quanto o menino, que estava no colo do pai no momento da execução. A criança não resistiu aos ferimentos e também morreu.
Willian estava cumprindo pena desde 2016 por roubo e havia sido liberado para passar o fim de ano com a família. Embora a saída temporária seja uma medida prevista pela lei, o caso levanta novamente a discussão sobre a segurança pública e o risco que a prática representa para a sociedade. A irmã do detento, que confirmou o benefício da saída, disse que não sabia de qualquer ameaça ao irmão, e a Polícia Civil segue investigando o crime.
O caso é mais um exemplo de como a falta de controle sobre a saída de presos pode resultar em tragédias. Até o momento, os responsáveis pelos disparos continuam foragidos, e as autoridades ainda não têm pistas concretas sobre os criminosos. A polícia segue com as investigações, mas a pergunta que fica é: até quando a saída temporária continuará sendo usada de forma tão arriscada?