Em alguns casos, a falta de posse foi devido a motivos trágicos, como o falecimento de três prefeitos eleitos, que morreram de causas naturais após o pleito. Com isso, os vice-prefeitos assumiram os postos em Arroio dos Ratos (RS), Augusto Pestana (RS) e Cabreúva (SP).
No entanto, a maior parte dos casos envolve decisões judiciais. Em 21 municípios, a Justiça Eleitoral impediu a posse dos prefeitos mais votados. Um exemplo emblemático é o de José Braga Barrozo, eleito prefeito de Santa Quitéria (CE), mas preso e impedido de assumir o cargo, sob a acusação de envolvimento com uma facção criminosa que teria influenciado sua eleição. “A Justiça decidiu que não seria dessa vez”, afirmou Barrozo, antes de ser levado à prisão.
Outro caso que chamou atenção foi o de Bebeto Queiroz, eleito em Choró (CE), que teve sua posse suspensa após ser investigado por crimes eleitorais. Com um mandado de prisão em aberto, Queiroz está foragido, o que fez com que o presidente da câmara municipal tomasse posse em seu lugar. Nos dois municípios cearenses, a regra é clara: em situações de impedimento, quem assume é o presidente da câmara, que exerce a função de prefeito interino até que novas decisões da Justiça sejam tomadas.
Além dessas duas cidades, outras localidades, como Bandeirantes (MS), Bocaina (SP) e Bonito de Minas (MG), também enfrentaram a situação de prefeitos eleitos impedidos de tomar posse, seja por problemas de saúde, questões judiciais ou investigações em andamento.
Com informações do G1.