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Policial Penal fala sobre facção criminosa que mais cresce no RJ: “Já passou o CV”. Veja o vídeo

“General” Oliveira mencionou que, em várias situações, o Estado parece “alimentar” essas facções ao transferir líderes de uma prisão para outra, fortalecendo sua influência em locais onde o controle policial é mais frágil.

Redação
Por: Redação
09/01/2025 às 08h00
Policial Penal fala sobre facção criminosa que mais cresce no RJ: “Já passou o CV”. Veja o vídeo

O episódio do podcast Fala Glauder, transmitido nesta quarta-feira (8), trouxe à tona revelações alarmantes sobre o crescimento da facção "Povo de Israel" no sistema prisional do Rio de Janeiro. O general Oliveira, experiente policial penal, detalhou como este grupo, originalmente formado por presos que pediram "seguro", conquistou força dentro das unidades prisionais, superando até facções tradicionais como o Comando Vermelho. "Hoje, o Povo de Israel é uma das facções que mais tem unidades prisionais voltadas para eles", afirmou Oliveira, destacando a ascensão meteórica do grupo.

O "Povo de Israel" não é uma facção comum, como as demais que dominam o sistema penitenciário brasileiro. A facção surgiu a partir de uma união de presos "segurados", ou seja, aqueles que precisaram se proteger das facções rivais. Inicialmente visto como um grupo de "minoria", com o tempo, esse grupo se fortaleceu, criando uma nova estrutura criminosa que rivaliza em poder com as maiores facções. "A maior facção do Rio não é mais o Comando Vermelho. O Povo de Israel já ultrapassou em unidades", disse o general, com um tom de preocupação.

A complexidade do sistema prisional, e as interações entre facções e autoridades, foram abordadas com riqueza de detalhes. Oliveira também comentou sobre a realidade das prisões superlotadas, onde facções como o "Povo de Israel" encontram espaço para se expandir. "Lá dentro, o comando não se divide", afirmou. O general explicou que, ao contrário do que muitos pensam, o poder dentro das cadeias não é sempre controlado pelo Estado, mas sim pelas facções, que impõem suas próprias regras entre os detentos. "O preso teme a represália de sua própria facção mais do que a força do Estado", completou.

O episódio ainda levantou questões sobre como o sistema de segurança pública lida com a situação. Oliveira mencionou que, em várias situações, o Estado parece "alimentar" essas facções ao transferir líderes de uma prisão para outra, fortalecendo sua influência em locais onde o controle policial é mais frágil. "O sistema penitenciário é um grande teatro, onde todos fingem que mandam, mas no fundo, quem realmente manda é quem controla as massas", afirmou o convidado, ressaltando a fragilidade do sistema no combate ao tráfico e à violência dentro das prisões. A conversa deixa claro que, enquanto as facções crescem em poder, a população externa paga o preço dessa desorganização.

 

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