A Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou, nesta segunda-feira (13), o arquivamento de um pedido que visava incluir o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado de 2022. O pedido havia sido feito pela bancada feminina do PSOL, que alegava que a presença de Tarcísio no Palácio da Alvorada em novembro de 2022, quando se discutia a chamada "minuta do golpe", indicaria seu envolvimento em uma possível articulação golpista. As parlamentares do PSOL consideraram improvável que o governador estivesse lá apenas para uma conversa informal.
Em sua manifestação, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, descartou qualquer envolvimento de Tarcísio. Ele afirmou que a Polícia Federal já tem registros de entrada e saída do Palácio da Alvorada, e que, até o momento, não foram encontradas evidências que liguem o governador ao caso. “Não há qualquer nova circunstância ou fato que justifique a adoção de providências pela Procuradoria-Geral da República ou pela Corte”, disse Gonet, reforçando a ausência de provas concretas para dar seguimento ao caso.
O caso, que está sob análise no Supremo Tribunal Federal (STF), foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito. Ele será o responsável por decidir se aceita ou não o arquivamento do pedido. Caso o pedido de arquivamento seja aceito, Tarcísio estará oficialmente fora das investigações relacionadas à tentativa de golpe.
Tarcísio, que foi ministro da Infraestrutura no governo de Jair Bolsonaro, se defendeu das acusações em novembro de 2024, após o indiciamento de Bolsonaro pela Polícia Federal. O governador de São Paulo afirmou que “há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro que carece de provas” e defendeu que o ex-presidente sempre respeitou o resultado das eleições e a democracia. O inquérito continua, com novos desdobramentos sendo aguardados nas próximas semanas.