Em dezembro de 2024, o Senado Federal pagou mais de R$2,3 milhões em horas extras a cerca de 700 funcionários. O montante é resultado de um sistema que tem sido duramente criticado por engordar ainda mais os já altos salários dos servidores da Casa. Entre os beneficiados, estão trabalhadores dos gabinetes dos senadores, comissões, e serviços de apoio ao plenário, como operação de áudio. Quatro servidores, por exemplo, receberam até R$12 mil a mais no final do ano, valor considerado astronômico.

A justificativa oficial para esses pagamentos extra é o aumento de demanda durante o período. Alguns dos servidores com os maiores valores de horas extras estavam envolvidos em atividades essenciais, como serviços de operação de áudio nos plenários e suporte para as comissões. No entanto, a população tem questionado se essas despesas são realmente necessárias, considerando o impacto nas finanças públicas.

Em uma das áreas mais críticas, a presidência do Senado gastou mais de R$30 mil com horas extras para apenas cinco funcionários. Já a liderança do governo Lula no Senado pagou R$8,9 mil, divididos entre quatro servidores. As altas cifras chocam, especialmente em um momento em que a sociedade se vê pressionada por aumentos de impostos e cortes em outros setores essenciais.

Esse cenário coloca em evidência a discussão sobre as "mordomias" no poder público e a falta de transparência nos gastos do Senado. Muitos se perguntam se é justo que os recursos do contribuinte sejam destinados a pagamentos extras dessa magnitude, enquanto os brasileiros enfrentam dificuldades econômicas.