O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) reagiu à decisão da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de cancelar as parcerias com a Polícia Federal (PF) e Ministérios Públicos estaduais. Em postagem nas redes sociais, Moro classificou a medida como um retrocesso e acusou o governo Lula de ser "pró-crime". Ele prometeu convocar o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para explicações na Comissão de Segurança do Senado.
A decisão de suspender os acordos de cooperação foi tomada pelo diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira. Segundo ele, a medida visa corrigir uma “fragilidade jurídica” nas colaborações com as instituições de combate ao crime organizado. A PRF também busca evitar questionamentos legais futuros sobre a atuação conjunta.
A suspensão das parcerias afeta diretamente agentes que trabalhavam com os Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco’s), do Ministério Público de São Paulo, e com as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco’s), da PF. Esses agentes serão realocados para suas unidades de origem, o que pode comprometer a eficácia no combate ao crime organizado.
A medida e as críticas de Moro levantam questões sobre o futuro das políticas de segurança pública no Brasil. O desfecho dessa situação dependerá das respostas do Ministério da Justiça e de novos debates no Senado, onde o caso será acompanhado de perto. A sociedade aguarda mais esclarecimentos sobre as motivações por trás dessa decisão.