Nesta quinta-feira, 13, teve início, no Plenário da Câmara Municipal de Palmas, a primeira formação de alinhamento para o funcionamento da Casa da Mulher Brasileira, que será inaugurada em breve na Capital. O evento foi promovido pela Prefeitura de Palmas, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, em colaboração com o Ministério das Mulheres e apoio da ONU Mulheres.

A capacitação, que segue até sexta-feira, 14, tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento das equipes que atuarão na unidade em Palmas. O encontro é conduzido pela coordenadora-geral de Fortalecimento da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres (Senev), Maura Luciane Sousa, e pela consultora sênior da Organização das Nações Unidas Mulheres (ONU), Ana Teresa Iamarino.

O evento reúne membros da Delegacia Especializada de Atendimento às Mulheres, da Secretaria da Mulher do Governo do Estado do Tocantins, do Juizado Especializado em Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres, do Ministério Público do Tocantins e da Defensoria Pública do Estado do Tocantins Especializada no Atendimento às Mulheres, além de servidores que atuarão diretamente no órgão. Na parte da tarde a primeira-dama de Palmas e secretária municipal de Ação Social, Polyanna Siqueira Campos esteve presente no encontro.

A capacitação tem como foco a criação de uma estrutura de atendimento humanizado para mulheres em situação de violência de qualquer natureza. A coordenadora do Fortalecimento da Rede de Atendimento, Maura Luciane Sousa, destacou a relevância desse primeiro encontro para os representantes, servidores e profissionais. Ela explicou que o objetivo é reunir todos os serviços especializados como: recepção, acolhimento, brinquedoteca e serviços de autonomia econômica, visando nivelar o conhecimento sobre a concepção da unidade e os princípios da política nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres. Além disso, a capacitação busca promover um diálogo aprofundado entre os participantes para garantir uma atuação integrada e humanizada.

“As diretrizes nacionais estabelecem como premissa a integração e a humanização dos serviços, um desafio que exige diálogo constante entre todos os setores envolvidos. O objetivo é garantir os direitos e assegurar que elas se sintam de fato acolhidas. Todos os serviços devem atuar de forma coordenada, como uma unidade de proteção e promoção dos direitos, para que ela saia de lá protegida, com a perspectiva de emancipação e rompimento do ciclo da violência”, afirmou Maura.

Ana Teresa Iamarino, consultora sênior da ONU Mulheres, ressaltou o compromisso da organização em apoiar o governo e a sociedade na implementação de ações que promovam a igualdade de gênero e os direitos humanos. “Uma das nossas frentes de atuação é apoiar o governo na implementação de ações que busquem a equidade de gênero. Temos desenvolvido projetos em parceria, com diversas ações nas áreas de enfrentamento à violência, autonomia econômica, política de cuidado, participação social e governança, todas alinhadas com as prioridades do Ministério das Mulheres”, explicou Ana Teresa.

A secretária municipal da Mulher de Palmas, Solange Duailibe, destacou a importância da Casa da Mulher Brasileira como um projeto fundamental, fruto da parceria entre os governos federal, estadual e municipal. “A Casa visa oferecer um espaço seguro e acolhedor, onde as mulheres em situação de violência podem acessar, de forma integrada, serviços essenciais como apoio jurídico, psicológico, social e de saúde. Este modelo de atendimento é crucial para garantir que as vítimas de violência possam se reerguer com dignidade e autonomia, proporcionando não só proteção, mas também as condições necessárias para reconstruírem suas vidas”, afirmou a secretária.

A inauguração está prevista para o final de março e promete ser um marco significativo no avanço da proteção e apoio às mulheres em situação de violência na Capital.

Casa da Mulher Brasileira

É uma inovação no atendimento humanizado, integrando, em um único espaço, serviços especializados para diferentes tipos de violência. Entre os serviços oferecidos estão acolhimento e triagem, apoio psicossocial, delegacia, juizado, Ministério Público, Defensoria Pública, promoção de autonomia econômica, cuidado das crianças (brinquedoteca), alojamento de passagem e central de transportes.

Texto: Renata Pessoa

Edição: Denis Rocha