Imagens da casa onde Diego Maradona passou seus últimos dias antes de morrer, em novembro de 2020, foram divulgadas durante o julgamento dos profissionais de saúde responsáveis por sua internação domiciliar.
Segundo Fernando Burlando, advogado da família do ídolo, o local era insalubre, sem estrutura adequada para um paciente em recuperação. Para ele, as condições da residência contribuíram para a negligência no tratamento.
Maradona permaneceu no imóvel entre os dias 11 e 25 de novembro de 2020, quando faleceu devido a um ataque cardíaco. Burlando afirmou que o ambiente era inadequado, descrevendo-o como uma “imundície raramente vista”. Além disso, destacou que o banheiro era pequeno e os enfermeiros tinham dificuldades para ouvir eventuais queixas do ex-jogador, comprometendo ainda mais a qualidade do atendimento.
O julgamento dos médicos teve início nesta semana e deve se estender até julho. Sete profissionais de saúde, incluindo o neurocirurgião Leopoldo Luque e a psiquiatra Agustina Cosachov, estão no banco dos réus, acusados de negligência. Eles são responsabilizados por falhas na internação domiciliar e por não garantirem o suporte necessário ao astro argentino durante sua recuperação.
Caso sejam condenados, os acusados podem pegar de 8 a 25 anos de prisão. Maradona estava se recuperando de uma cirurgia para a retirada de um coágulo no cérebro e, segundo os laudos, sofreu um infarto. A defesa da família sustenta que a equipe médica não tomou as providências adequadas para evitar o agravamento de seu estado de saúde, levando à tragédia que chocou o mundo do futebol.