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Veteranas que serviram no Iraque e Afeganistão têm maior mortalidade por câncer, revela estudo

Já em relação ao câncer de mama, mulheres veteranas sem TBI tiveram uma taxa de mortalidade mais alta do que as que sofreram a lesão.

Pablo Carvalho
Por: Pablo Carvalho
14/03/2025 às 11h24
Veteranas que serviram no Iraque e Afeganistão têm maior mortalidade por câncer, revela estudo

Mulheres que serviram nas Forças Armadas dos Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro de 2001 apresentam uma taxa de mortalidade por câncer superior à da população feminina geral do país, segundo estudo publicado na revista JAMA Network Open. A pesquisa analisou dados de 442 mil veteranas que serviram no Iraque e no Afeganistão e constatou que aquelas com histórico de lesão cerebral traumática (TBI) têm um risco ainda maior de desenvolver câncer no sistema nervoso central.

O levantamento utilizou informações do Sistema de Saúde Militar e do Departamento de Assuntos de Veteranos, cruzando os dados com o Índice Nacional de Óbitos entre 2002 e 2020. Os resultados mostraram que veteranas com TBI possuem um risco 5,7 vezes maior de morrer por câncer do sistema nervoso central em comparação com a população feminina dos EUA. Já em relação ao câncer de mama, mulheres veteranas sem TBI tiveram uma taxa de mortalidade mais alta do que as que sofreram a lesão.

Os pesquisadores indicam que múltiplos fatores podem contribuir para essas diferenças. O serviço militar pode expor as mulheres a agentes cancerígenos e ambientes de alto risco, além de possíveis dificuldades no acesso a cuidados médicos após o fim da carreira militar. Outro ponto levantado foi o diagnóstico tardio, que pode impactar diretamente as chances de recuperação. O estudo ressalta a necessidade de mais pesquisas para entender as causas específicas desse aumento na mortalidade.

Apesar das limitações, como a possibilidade de subnotificação de TBI e a sobreposição de dados de mortalidade, a pesquisa reforça a urgência de políticas de saúde voltadas para veteranas. Com o crescimento da participação feminina nas forças armadas, os especialistas destacam a importância de acompanhar de perto a saúde dessas mulheres e garantir um suporte médico adequado para reduzir os impactos do serviço militar em sua longevidade.

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