Projeções oficiais apresentadas na terça-feira (15), no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), apontam que as despesas discricionárias do governo federal — aquelas usadas para manter a máquina pública funcionando — devem encolher até quase zerar em 2029. De R$ 164 bilhões em 2025, elas cairiam para apenas R$ 8,9 bilhões em 2029, o equivalente a 0,1% do PIB. Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), isso representa o risco real de "shutdown" do governo.
Esse colapso anunciado tem origem no aumento desenfreado dos gastos públicos promovido pelo governo Lula 3, que ampliou pisos constitucionais, turbinou o salário mínimo, inflou a máquina com cargos e ampliou emendas parlamentares impositivas, que em 2025 somam R$ 39 bilhões. Enquanto isso, os gastos obrigatórios com Previdência, pessoal e precatórios sufocam o orçamento, deixando o governo sem margem para pagar energia elétrica, gasolina da PF ou manutenção de escolas.
“Temos um dos orçamentos mais engessados do mundo”, alertou Marcus Pestana, diretor da IFI. Para ele, o governo está como o pianista do Titanic, "seguindo como se nada estivesse acontecendo, enquanto o navio afundava". Já o economista Jeferson Bittencourt classificou a situação como “insustentável” e previu que o Estado pode parar já em 2027, quando os precatórios passam a ser integralmente incluídos no orçamento, pressionando ainda mais o espaço fiscal.
A conta do populismo está chegando. O governo Lula tenta arrecadar mais e disfarçar o rombo, mas o diagnóstico é claro: se nada mudar, o Brasil poderá assistir a um apagão institucional. A estratégia do PT de gastar hoje sem pensar no amanhã tem data para explodir — e não está longe.
Com informações da CNN.