O Exército brasileiro terá que investir cerca de R$ 48 milhões em adaptações para receber a primeira leva de mulheres alistadas voluntariamente após séculos de predominância masculina nas fileiras militares. A previsão é que 1.010 mulheres comecem a chegar às unidades a partir de março do próximo ano.
As informações foram obtidas via Lei de Acesso à Informação pela CNN e revelam que 45 instalações militares em 13 estados e no Distrito Federal passarão por modificações. O foco das obras está em adequações de alojamentos, vestiários e banheiros para atender às novas recrutas.
Segundo o Exército, o valor estimado cobre não apenas a incorporação inicial, mas também possíveis prorrogações do serviço até 2028. Há expectativa de que os ajustes evoluam conforme o aumento do contingente feminino nas Forças Armadas, que hoje somam 37 mil mulheres — cerca de 10% do efetivo total.
As mulheres, atualmente presentes em áreas como saúde, logística e ensino, ingressam nas atividades combatentes por meio de concursos específicos.
Nos bastidores, o investimento gerou críticas entre militares da reserva, que classificaram o gasto como "excessivo" e questionaram a prioridade da medida.