Durante entrevista à Rádio Auriverde, de Bauru, nesta sexta-feira (6), o pastor Silas Malafaia fez uma afirmação que deixou muitos em alerta:“se Chico Anysio e Jô Soares estivessem vivos, estariam na cadeia”. A declaração foi feita sobre o caso Leo Lins em meio a duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, a quem acusou de promover uma “ditadura judicial” e destruir as bases da liberdade de expressão no Brasil.
Malafaia usou o exemplo dos dois ícones do humor nacional para ilustrar o que chamou de “perseguição autoritária” contra quem pensa diferente. Ele citou o caso do humorista Léo Lins, condenado a mais de oito anos de prisão por piadas, como símbolo do que considera um “regime de censura disfarçado de democracia”. Para o pastor, estamos vivendo tempos em que a Constituição é ignorada em nome de uma pauta ideológica.
“O artigo 220 da Constituição é claro: é proibida toda censura de natureza política, ideológica e artística. Mas agora o STF rasga isso com apoio da velha imprensa e de políticos covardes”, criticou. Segundo Malafaia, Moraes transformou opinião em crime e tem agido como “vítima, delegado, promotor e juiz” ao mesmo tempo. Ele chamou o inquérito das fake news de “imoral, ilegal e farsesco”.
A crítica se estendeu ao Congresso Nacional, onde, segundo ele, uma “direita prostituta” se vendeu para manter acordos com o Supremo. Malafaia acusou líderes partidários de boicotarem a anistia dos presos políticos de 8 de janeiro e afirmou que muitos parlamentares “traem os eleitores para manter cargos e favores”. Para ele, só uma nova onda de mobilização popular poderá conter esse avanço autoritário.
O pastor declarou que se o regime avançar sobre Jair Bolsonaro, haverá reação. Segundo Malafaia, o povo ainda é o maior freio contra o abuso de poder do Judiciário.