A "queda livre" das universidades brasileiras em um ranking internacional está escancarando o que muitos já apontavam como a farra eleitoreira das gestões petistas na educação superior. Segundo um editorial do Estadão publicado nesta quarta-feira (11), o novo levantamento do Centro para Rankings Universitários Mundiais (CWUR) revela um cenário alarmante: nada menos que 46 das 53 instituições brasileiras presentes na lista de 2025 despencaram de posição em relação ao ano anterior.
O recuo, de acordo com o presidente do CWUR, Nadim Mahassen, é motivado pelo enfraquecimento do desempenho em pesquisa e pelo apoio financeiro limitado do governo. Uma verdade nua e crua que arrebenta com a propaganda barata de governos petistas que se jactam de ter "colocado a filha da empregada na universidade", mas esquecem do básico: a qualidade.
Das 53 instituições brasileiras citadas, a esmagadora maioria (43) são federais, as mesmas que vivem em uma crise praticamente permanente, com cortes de serviços e ameaça constante à qualidade do ensino e da pesquisa. O atual governo Lula, o mesmo que herdou o modelo, corre para tapar o sol com a peneira, anunciando medidas paliativas como a destinação de R$ 400 milhões – valor que, segundo o Estadão, será provavelmente insuficiente para lidar com os múltiplos problemas.
E a origem de tanto descalabro, conforme a análise do editorial, tem vinculação direta com o modelo de expansão universitária desenfreada dos governos de Lula e Dilma Rousseff. Um modelo movido pelo ânimo eleitoreiro, que visava apenas engrossar os números de vagas em universidades federais como sinal de preocupação com a formação de jovens de baixa renda. No entanto, a realidade bate à porta: a simples abertura de vagas, sem o devido investimento em estrutura, salários de professores e funcionários, resulta em universidades que lutam para sobreviver, em vez de produzir ciência e conhecimento relevante.
A conclusão do Estadão é categórica: o Brasil precisa de um novo modelo de financiamento do ensino superior, que estreite os elos com o setor privado. A ilusão lulopetista de que o Estado pode dar conta dessa missão sozinho é "pura quimera". Além disso, são urgentes mecanismos de estímulo à produção de conhecimento relevante, com aprimoramento da avaliação de docentes e alunos e a valorização de pesquisas de impacto.