Uma denúncia explosiva sobre o suposto desaparecimento de cápsulas de urânio enriquecido da estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) está gerando uma crise de proporções internacionais e levando o deputado Filipe Barros (PL-PR) a exigir explicações urgentes do governo Lula.
O sumiço do material nuclear, constatado durante uma auditoria em julho de 2024 na sede da INB em Resende (RJ), levanta sérias preocupações sobre a segurança nuclear do país e pode acarretar sanções e perda de credibilidade internacional para o Brasil.
O que torna a situação ainda mais grave e cheia de questionamentos é a "coincidência" apontada por Filipe Barros em seu requerimento: apenas meses antes da constatação do desaparecimento do urânio, dois navios de guerra iranianos, o IRIS Makran e o IRIS Dena, atracaram no porto do Rio de Janeiro. A Marinha brasileira, sob o governo Lula, autorizou a entrada dessas embarcações entre 26 de fevereiro e 4 de março de 2023, ignorando inclusive as fortes pressões dos Estados Unidos para que o Brasil negasse a permissão.
Essa sequência de eventos, embora sem ligação direta comprovada, é vista pelo deputado como "forte preocupação" e impõe ao ministro de Estado das Minas e Energia, Alexandre Silveira, a obrigação de comparecer ao Congresso. Filipe Barros quer que o ministro, acompanhado dos presidentes da INB e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), esclareça como foi possível o sumiço do gás hexafluoreto de urânio (UF6) e de um par de tubos com urânio enriquecido comprado de um consórcio europeu.
O Brasil, como signatário de diversos tratados nucleares, tem o dever de observar rigorosamente seus compromissos. O desaparecimento de material nuclear, especialmente sob o governo Lula e após a controversa visita de navios iranianos, coloca o país em uma posição extremamente delicada. A pressão de Filipe Barros e a necessidade de respostas claras são imperativas para garantir a credibilidade internacional do Brasil e afastar qualquer sombra de dúvida sobre seu programa nuclear.