Qual é o poder de uma imagem sobre a sua interpretação? Durante entrevista para o Justiça em Foco o Juiz Mirko Giannotte, cotado para ocupar uma cadeira no STF, substituindo o Ministro Marco Aurélio, marcou posição contra a construção semiótica sensacionalista de ataque à atuação da polícia carioca durante a dita chacina no Jacarezinho. "Não vamos ver pelas imagens. Vamos ver pelo que de fato é", pontuou.
Para o magistrado, o problema de segurança pública no Rio de Janeiro é uma questão, acima de tudo, do Brasil. "Em primeiro lugar, não é a polícia do Rio de Janeiro. É a polícia do Brasil. A Polícia existe para preservar e reestabelecer a ordem na sociedade. Se houver a necessidade de usar a força, ela tem que ser usada. Polícia está para combater a criminalidade".
Sobre o clima de Guerra Civil vivido no Rio de Janeiro, Giannotte reforçou que o único papel, respaldado pela Lei, em meio ao confronto, é o das autoridades policiais.
"O problema não é a Polícia. O Problema é a criminalidade. Se ela existe, ela tem que ser combatida. Nesse combate temos mortos e feridos. Mas o único papel abrigado por Lei é o papel da polícia", arrematou.