Nesta terça-feira (25), o médico particular de Olavo de Carvalho, Ahmed Youssif El Tassa, negou que o filósofo tenha morrido de Covid-19. Em uma nota enviada à colunista Bela Megale, do jornal O Globo, o profissional informou que o óbito ocorreu devido a uma “insuficiência respiratória aguda”, ocasionada por um quadro de enfisema pulmonar associado à insuficiência cardíaca congestiva, à pneumonia bacteriana e a uma infecção generalizada.
Olavo de Carvalho morreu na noite de segunda-feira (24), aos 74 anos, em Richmond, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos (EUA). Ele estava internado em um hospital local.
Olavo havia testado positivo para a Covid-19 no último dia 16 de janeiro, era cardiopata e portador da doença de Lyme, infecção transmitida por carrapato que provoca irritações na pele e sintomas como os da gripe.
Ao veículo, Ahmed Youssif El Tassa, que foi médico de Olavo por mais de 30 anos, explicou o quadro do professor:
"Durante todos esses anos, inclusive nas últimas internações nesses últimos dois anos, acompanhei o quadro de saúde de Olavo de Carvalho. Ele sofre de Doença Broncopulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), no caso, o enfisema pulmonar. Não tem qualquer relação com a Covid-19; é um problema crônico. Qualquer pessoa com um enfisema crônico, quando pega uma pneumonia, é quase um sinônimo de morte", destacou.
O médico também enviou uma nota ao veículo afirmando que, “de acordo com os boletins médicos emitidos nos últimos dias pelo Hospital John Randolph Medical Center, a sua morte [de Olavo] foi deflagrada por insuficiência respiratória aguda por DPOC, insuficiência cardíaca congestiva, pneumonia bacteriana e infecção generalizada (septicemia), causada pela bactéria Staphylococcus aureus, resistente à Meticilina, geralmente referida pelas siglas SARM ou MRSA. Condições que levaram a eventos tromboembólicos generalizados por coagulação intravascular disseminada (CIVD) em múltiplos órgãos”.