Os acontecimentos da última semana revelaram o caráter e a lealdade (ou falta dela) de alguns membros do partido de Bolsonaro, ligando um sinal de alerta no Planalto. Caso permaneça no PSL sem ter 100% do controle do partido, o presidente Jair Bolsonaro poderá ter sua reeleição comprometida.
Isso porque a legislação eleitoral brasileira estabelece que o prazo para mudança de partido termina seis meses antes do pleito. Já a convenção partidária que define o nome dos candidatos partido para a disputa presidencial ocorrerá há apenas dois meses antes da disputa.
Caso a ala bivarista do PSL manobre contra Bolsonaro no momento da convenção, retirando seu nome da disputa no último momento, ele não teria tempo para conseguir uma nova legenda e concorrer em 2022.
Bolsonaro precisa de uma legenda de sua inteira confiança. Por isso, mais do que nunca, o presidente precisa demonstrar sua força política e seu poder de articulação para garantir domínio sobre o PSL, ou então, iniciar a criação de uma nova legenda bolsonarista patriótica que lhe garanta condições que ele necessita.