O vereador Carlos Bolsonaro publicou um vídeo em suas redes sociais nesta quarta-feira (30) em que supostamente apresenta os registros das conversas da portaria do condomínio Vivendas da Barra, zona oeste do Rio de Janeiro, no dia da morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL).
Segundo a reportagem da TV Globo divulgada nesta terça-feira (29), o ex-policial militar Élcio Queiroz, suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes em março de 2018, disse na portaria que iria à casa de Bolsonaro, na época deputado federal, no dia do crime.
Os registros de presença da Câmara dos Deputados, no entanto, mostram que Bolsonaro estava em Brasília nesse dia.
A postagem de Carlos é uma reação à citação do nome de seu pai no caso Marielle Franco, diante do depoimento de um porteiro desse condomínio onde o presidente tem casa no Rio.
De acordo com a gravação apresentada por Carlos, a ligação anunciando um dos criminosos foi feita para o número 65, não 58, onde mora seu pai, Jair Bolsonaro.
Segundo Carlos, que reside no mesmo condomínio do pai, não há, ao contrário do que afirmou a reportagem da TV Globo, uma ligação para a casa de Jair Bolsonaro, e que não faria sentido a afirmação, atribuída ao porteiro, de que "seu Jair" teria autorizado a entrada do ex-policial Élcio Queiroz, um dos acusados de participar do assassinato de Marielle.
No vídeo, Carlos reproduz a ligação registrada às 17h13. O porteiro anuncia a chegada do "senhor Élcio". A voz do outro lado, diferente da de Jair Bolsonaro, responde: "Tá, pode liberar aí".
Fonte: Sputniknews