Durante reunião da Comissão de Finanças, Tributação e Controle da Câmara de Vereadores, o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), Daniel Zemuner, listou as dificuldades na gestão dos recursos destinados a saúde do município na LDO.
“Não sei se vocês fizeram o levantamento que eu pedi, mas esse foi o ano que a gente mais gastou com medicamento, e mesmo assim, os medicamentos estão em falta. Como que você explica isso? A demanda na saúde é cada vez crescente, o ano que vem, com certeza, vai se gastar mais, porque as necessidades vão crescendo e ainda temos uma população flutuante que utiliza nossa rede. Sem um orçamento adequado a gente não vai conseguir”, provocou.
De acordo com o gestor, além da insuficiência dos recursos destinados no orçamento da prefeitura – pouco mais de 16% do total-, há dificuldade no provimento do quadro de profissionais. “O salário que se paga para os médicos aqui é menor que no interior do Estado. A solução não é reduzir carga-horária, mas tentar melhorar o salário que se paga para o profissional médico”.
“O SUS que se pensou para ser universal e integral, não teve planejamento para sua própria sustentação”, completou.
Ainda conforme as informações de Zemuner, a verba do governo federal para a contratação das equipes de estratégia de saúde da família é de R$7.300 “para ter médico, enfermeiro e técnico de enfermagem, sem contar os agentes de saúde. Não paga nem o salário do médico. O resto sai dos cofres do município”